Meu rosto paralisa,o frio que cobre a cidade não é exatamente o que causa a sensação de deserto e frio inacabável.
As leis da física alegam que o corpo não conserva calor,mas em mim sinto uma chama de amor,mas que aos poucos,ao reagir com o oxigênio,vai virando pó,um pó ralo,e com tons de ódio.
Eu bem que gostaria de me desligar desse planeta,ao menos por alguns dias,o um mês longe de você não foi capaz de me transformar,e eu tenho pena em dizer isso: eu ainda amo você.
Sinto que nada está acabado,de que valem os beijos que eu tanto espero se depois ficamos sós e com pensamentos tão distantes?Você me vê,eu vejo,você sente a minha falta e a necessidade de ter quem alimente seu ego diariamente,só não vejo mais graça nisso.
A felicidade parecia estar a meu alcance,eu dominava meus eufóricos sentimentos,mas esses dias saí do controle,você percebeu e voltamos a estaca zero.
O frio está voltando,a chama que me fez escrever vai se apagando e sinto que o frio foi levado,mas que nem mesmo o calor intenso será capaz de me manter equilibrado.
Mariana Renó Faria - 21 de agosto de 2010.
Caso se interesse pelo texto e queira publica-lo em outro lugar,comunique,originalidade as vezes é bom ;D
sábado, 21 de agosto de 2010
Frio
sábado, 14 de agosto de 2010
Descrição
As características de um quarto normal são as menos evidentes nesse cômodo em que me encontro,os livros de poesia,física,química,história e matemática dominam o que chamaríamos de cama,as fotos das melhores pessoas do mundo estão na parede cor-de-rosa,o que traz a sensação de proteção e felicidade,já na divisória surgem novamente os estudos,dessa vez em fórmulas,coloridas para identificar o que é tempo,distância,calor,velocidade... e para quebrar o clima alguns móbiles que já passaram da hora de serem lavados.Caso deseje abrir o guarda-roupa,não se assuste,mal uso o que está dentro dele,na verdade guardo em uma pequena gaveta do criado aquilo que faz parte da rotina: o uniforme,e ainda assim tem roupa em gaveta errada,meia dos meninos que por engano foram parar lá e algumas bonecas,das quais não vou me livrar tão logo,esse apegamento não me parece bom,mas já que não há como lutar contra os sentimentos,guardo tudo aquilo que considero vital ou pelo menos útil ,mesmo que não seja a mim.Recentemente ganhei uma prateleira,fica na parede de fotos,eu não sabia que tinha tantos objetos miúdos de decoração e percebi que lembranças de aniversário são muito eficientes para guardar brincos.Esqueci de contar sobre os habitantes do quarto,são eles: Joana,Tony,Guto,Tigrão,Pork,Sapito,ursos de pelúcia mas não os chame assim quando vier em casa,podem se revoltar e eu quem sofrerá danos.
Enfim,talvez eu durma espremida do lado do guarda-roupas para manter a paz,e quando o conflito acabar,restarão apenas os móveis,os ursos,as fotos e os brincos,não existirá vestígios de livro,fórmula e uniforme e assim eu usarei as roupas camufladas do guarda-roupas,limparei os móbiles e cuidarei para que a minha vontade sobresaia.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Você já me esqueceu
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Você bem sabe que aqui é o seu lugar
E, sem você, consigo apenas compreender
Que sua ausência faz a noite se alongar
Vem,
Há tanta coisa que eu preciso lhe dizer
Quando o desejo que me queima se acalmar
Preciso de você para viver
E o frio entrou no quarto que foi seu e meu
Pela janela aberta onde eu me debrucei
Na espera inútil e você não apareceu
E eu não vejo um jeito de fazer você lembrar
De tantas vezes que eu ouvi você dizer
Que eu era tudo pra você
E a madrugada fria agora vem dizer
Que eu já não passo de nada pra você
Você já me esqueceu
Você já me esqueceu
E o frio entrou no quarto que foi seu e meu
Pela janela aberta onde eu me debrucei
Na espera inútil e você não apareceu
E eu não vejo um jeito de fazer você lembrar
De tantas vezes que eu ouvi você dizer
Que eu era tudo pra você
E a madrugada fria agora vem dizer
Que eu já não passo de nada pra você
Você já me esqueceu
Você já me esqueceu
Você já me esqueceu.
